segunda-feira, 10 de agosto de 2009

HAY CAMBISTAS EM MACHU PICCHU

E vamos nós porque chegou a quinta feira de nossa aventura... depois de termos conhecido um dos lugares mais lindos do mundo.. estávamos nós no pé dele, onde dormimos uma noite tranquila sem a tal altitude excessiva, pois vejam que em Cusco estávamos a 3300m e em Aguas Calientes a apenas (é eu disse apenas sim) 2400m de altitude, o que significa uma boa quantidade a mais de oxigênio no pulmão e consequentemente no sangue.

Pois bem, nosso planejamento incial para esta quinta feira, era uma segunda visita a Machu Picchu e uma possível subida na montanha ao lado dela que chama-se Wayna Picchu, é uma subida de 400m, o que causaria um pouco de cansaço mas também uma vista diferente do Patrimônio da Humanidade. Só que na noite anterior, tivemos uma notícia um pouco triste.

Devido a Aguas Calientes ser um povoado pequeno e feito de vielas... não existem taxis no lugar, e os ônibus lá só começam a circular as 5 da manhã. Wayna Picchu tem um limite de pessoas para visitação ao dia, sobem somente 400 pessoas por dia lá, sendo que são 200 pela manhã e 200 pela tarde. Nós só tínhamos a opção de subir pela manhã, pois a tarde nosso trem de volta a Cusco era no horário das 17h o que poderia ocasionar perder o trem e consequentemente elevar bastante o custo. Estávamos na verdade bastante cansados do dia anterior e do sofrimento com o Sorojchi. Para ser da turma da manhã na Wayna, teríamos que subir a pé até a entrada de Machu Picchu e dormir na fila mesmo... Bom.. o pessoal que faz a trilha inca sobe de barbada e dorme na fila lá pq tem todos os equipamentos, bem difente de nós, que para esse tipo de passeio não tínhamos levado nada.


Capturando imagens que em breve postaremos num post especial

Decidimos então na noite anterior que não iríamos subir a Wayna e só faríamos a segunda visita a MAPI... POis bem, acordamos por volta das 9h (é bom acordar depois da 7), descemos tomamos nosso café e quando voltamos ao quarto vem aquela vozinha da consciência nos dois... Pra que fazer a segunda visita???? Já que MAPI é linda, mas não grande.. e tínhamos desvendado ela de ponta a ponta... afinal de contas não teríamos guias no segundo passeio.. e na verdade também... não tínhamos conseguido tempo para as compras dos presentes pra família e também um tempo pra gente... então decidimos não subir... mas ainda tínhamos os ingressos do parque e as passagens de ônibus.


Sheep (o nome verdadeiro dele é FALCON) peruano em Aguas Calientes

Foi aí que surgiu nosso perfil cambista... fomos até o lugar onde se vende os ingressos... estava fechado, mas notamos que bastante gente procurava o lugar pra comprar naquele momento... só que a gringaiada não comprou da gente... Assim como nós ficaríamos... eles ficam desconfiados.. então fomos a um lugar do lado e oferecemos para a menina que ali estava.. ela ligou para um "amigo" que logo apareceu... dois ingressos mais ônibus dariam um total de 300 soles... vendemos por 250 soles.. perdemos em torno de 33 reais (16,50 para cada) e aproveitamos o dia...


Provando a pizza peruana (nem é de todo ruim)

Nos artesanias de Águas Calientes, como todo Peru, sempre tem que se pechinchar... mas conseguimos comprar presentes para a parentada que ficou alvorotada aqui no RS hehehe, muito bom de comprar e demos muita risada... Um das senhoras que tem uma banca... era muito simpática e a todo momento que comprávamos algo que não era dela... dizia que éramos "malos" (maus) por não comprar dela... muito legal ali... conhecemos também o Miguel, um menino de uns 4 ou 5 anos que é filho de uma das senhorass que lá trabalham.. muito engraçadinho (quando pequenos eles são engraçadinhos... mas quando crescem ficam feinhos coitados), perguntamos se ele queria vir pra Brasil conosco e ele dise... "No, Mi padre no ira querer" hehehehehe


A Avuela Tuca... Chorou até comprarmos dela

Compramos, voltamos ao hotel, pegamos nossas coisas e fomos encarar o Trem Backpacker novamente... Desse vez cheio realmente... muito cheio... em nosso vagão haviam duas pessoas que falavam português... Eu e o Pé... o resto só gringaiada... inclusive uma senhora e seu filho que sentaram em nossa frente, acredito que sejam Mexicanos (olha a gripeeeeeeeeeeeeeeeeeee), e a mãe dele voltou de Aguas Calientes a Poroy, em 3,5h de viagem dando uma "pequena" mijada... FOI DE DAR PENA DO MENINO...

Viagem cansativa... chegamos lá mortos de cansaço... direto pro Hotel, banho e cama... pois no outro dia, tínhamos uma parada dura... 10h de viagem até Puno... que contarei amanhã... foi muito legal. Com certeza o dia que mais demos risada nessa viagem.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

MACHU PICCHU O DESTINO REAL

Hoje é um post especial, pois desde o dia 10/03/2002 o dia que entrei no Lanceiros e conheci o Pé, desde desse dia quando essa amizade se formou, uma das primeiras das muitas coisas que descobrimos em comum, foi o desejo de conhecer esse lugar mágico e sagrado, uns dizem que era a colônia de férias do Imperador, outros dizem que era um lugar de pesquisas agronômicas, outros um santuário, o certo é que todas as crendices e fatos que cercam esse lugar, transformam ele num dos lugares mais visitados do mundo e uma das 7 maravilhas do mundo moderno... Algo difícil de explicar, encantador de olhar e impossível de esquecer... Mas vamos contar do dia a dia para continuar no mesmo ritmo.

Acordamos cedinho, pois teríamos que estar na estação de Poroy (Poroy é um vilarejo ao lado de Cusco de parte os trens para Aguas Calientes no pé de Machu Picchu) as 7:30... O Nicolás nos pegou no hotel e logo passando a Plaza de Armas, nos "baldiou" para uma van que se foi a estação... Nosso guia seria um tal de Willy... não o caolho... mas virou caolho... chegando na estação muita gente e muito barulho... logo conseguimos passar a roleta... e lá o trens se dividem em três categorias, o Hiram Bingham que é cheia de luxo, o Vistadome que possui como o nome diz vista priveligada, e o Backpacker que traduzindo é o mochileiro... Como eu estou acostumado a catar o Guabiroba a unha ali na antiga esquina do Oba-Oba... não me fiz de encolhido e fui no Mochileiro obviamente, até porque 80 dólares fariam muita diferença no final das contas... Bom eu sei que encaramos essa viagem, que segundo a PeruRail e o seu Ferromoço (ferromoço e ferromoça é muito feio hehehe) era de 3 horas de duração, mas que no final descobrimos que era de 4 horas e meia.

Demos muita sorte na primeira parte da viagem, pois o trem estava meio vazio... como as poltronas são de frente uma pra outra e perto, quem tem as pernas um pouco maiores, se ferra bonito, pois não há lugar para esticar... Pegamos os nossos acentos no começo da viagem e na nossa frente uma dupla de irmãs argentinas, enlouquecidas por fotos e filmagens pelo visto, eles passaram toda a viagem filmando, inclusive a mãe delas que pelo visto havia batido de frente com o Sorojchi e estava mal mesmo (no final do dia conto mais sobre ela)... Mas já na arrancada do trem, percebi que havia 4 poltronas vazias atrás de nós... e logo pulei pra uma delas... Tirei os tênis e coloquei e me acomodei bonitaço... o Pé ficou na mesma que estava, pois uma das hermaniñas pulou para o lado do pai dela do outro lado do corredor... ai gente apesar de comprida a viagem, foi uma grande curtição... o trem logo chega a um cidade chamada Izcuchaca, para na estação de lá... pra nossa sorte estávamos no vagão A... pois na estação estava todo o povo da cidadela pra subir com sua produção anual de Agricultura e Avicultura toda... esse backpacker é conhecido pelo TREM DAS GALINHAS... Imaginem... já tava anojado de Pollo (frango) morto... imagina Pollo vivo... tá loco... tava que nem podia ver, mas seguindo a viagem depois dessa estação, começamos a avistar o vale sagrado (que não conhecemos por causa do "paro") e o Rio Urubamba... com suas mini corredeiras, afluentes (que descem em forma de cachoeira), picos nevados, pontes da trilha inca e muitos mochileiros no caminho. Devido ao local ser muito íngrime, várias vezes o trem tem que usar do artificio de zigue-zague para poder subir ou descer... e isso atrapalha muito a viagem.


Vista do Trem


Mochileiros cruzando o Urubamba

Chegamos a estação de Águas Calientes por volta do meio dia... Pensa assim MUITA GENTE... era o que tinha lá.. uma galera que meu Deus... logo avistamos o Caolho... ops o Willy que dizia alto Willys Group... Norma Group... nos identificamos, pegamos nossos ingressos pra quarta e quinta em MAPI e também o do transporte de busão até o alto da montanha... e ele nos indicou deixar a mochila com o representante do Hotel... Deixamos as coisas com o Inty Punku Hotel e nos fomos até onde saiam os ônibus... Nossa... Alguém ganha muita grana com Machu Picchu... mas eu não sei quem é... Poderiam ter botado um asfaltinho naquela estrada... ingrime e estreita.. dá medo sinceramente... muitos trechos os ônibus que sobem e descem não conseguem passar ao mesmo tempo... o que ocasiona naquele lugar de lomba os busões andarem de ré direto... ALI SIM TEM QUE SER MOTORA... Bom.. mais 20 minutos de subida e pronto... lá estávamos... na porta do nosso destino tão sonhado...


Na entrada do Sagrado Machu Picchu

Um pouco de difculdade pra reunir o Willys Group.. e lá fomos nós... Passamos a portaria... as vigias de pedras... e começamos uma louca subida... que pra quem estava se recuperando do Sorojchi... foi foda... não tem outra palavra... foi foda mesmo... uns 200 metros de subida.. peral... escadas ... fomos até o ponto onde chama-se "El Mirador"... é o ponto mais alto de Machu Picchu... mais alto que ali só a montanha ao lado... Wayna Picchu... Bom vou confessar... cheguei morto até esse lugar... Mas digo a vocês amigos... aquela imagem... aquele lugar... recupera qualquer, mas qualquer coisa ruim que tu esteja pensando... É como se eu tivesse caído pra dentro de um cartão postal... o silêncio chega com tudo... parece que tu fica isolado no mundo... e ali é uma daqueles lugares malucos onde tu vê que nossa existência é algo insignificante diante do poder de Deus e da grandiosidade de uma civilização que sem tecnologia conseguiu fazer tudo aquilo.


Última foto antes de se maravilhar


Passando o posto de vigias de MAPI

Meus olhos viam, e a ficha caiu... eu estava em Machu Picchu... Patrimônio Histórico da Humanidade... um sonho embalado durante anos... tanto esforço estava recompensando ali... escutamos o que o Willy nos contava... sobre a grandiosidade de um povo... os ancestrais dele mesmo... e de como é mágico aquele lugar. Depois fomos descendo (graças a Deus), passando pelo setor agrícola, e o setor das habitações menores, depois maiores, templos, e o relógio do sol, que segundo eles, é o ponto de maior concentração de energia... e realmente ali naquele ponto, avistando o Rio Urubamba a mais de 500 metros abaixo... tu pensa o pq desse povo botar aquela pedra ali... na frente dela... a imagem do condor.. com suas asas... e a trindade Inca sempre tão forte... Puma que significa o nosso mundo, a Serpente que significa o mundo interior, e o Condor que significa o mundo superior.


Aí está o sonho realizado!!!


Patrão Velho... Muito Obrigado

Fomos conhecendo toda a Machu Picchu, que diga-se de passagem não é tão grande quanto eu imaginei... mas realmente eh muito mais mágica do que pensava... várias vezes me emocionei lá... pensando no quanto significa uma vitória poder chegar nesse lugar...


Urubamba abajo


Setor Agrícola


Uma lhama "educada" (como diria o Tiozão Zéfran)


A árvore intocável de MAPI

Mas como a tarde já estava acabando, tivemos que descer até Águas Calientes... chegamos lá mortos de fome... fomos até o hotel, tomamos um banho e fomos procurar o que comer... é difícil acontecer o que houve ali... eu com vontade de comer uma boa massa... Águas Calientes, ao contrário do que parece, é um povoado com muita opção gente... bastante barzinhos, restaurantes e butequinhos... No meio dele passa um afluente com o mesmo nome do local, ele corta a cidade no meio e é lindíssimo... a Estação e o nosso hotel ficavam de um lado dele, e a Plaza de Armas do local, ficava d outro. No mesmo lado do hotel, achamos um restaurante... que recém estava começando a servir janta... pedimos uma massa bolonhesa... e uma coca-cola com gelo... Gente... que me perdoem os mais certinhos... mas quando tomei o primeiro gole, foi impossível não ligar uma coisa a outra... A coca tinha cheiro de bu@%*£¢ mal lavada... horrível... e não era da Coca... era do Gelo... depois de rir muito disso e botar o gelo fora obviamente... Veio a tal massa... Foi a melhor refeição que fiz em todo o território peruano... muito bom mesmo... deliciosa...


A bolonhesa...

Depois disso demos uma caminhada pela Plaza.. que é muito bonita, encontramos uma brasileirada num mini mercado... fazendo pechincha numas bolachinhas... e depois voltamos pro Hotel... pois em nossos planos estavam acordar bem cedo pra ir a Wayna no outro dia.. e como é controlado por 400 pessoas por dia a entrada, tem que chegar bem cedo... Acabamos não fazendo... mas isso eh um assunto pra amanhã... o dia em que viramos cambistas em Machu Picchu...

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

SEGUNDO DIA EM CUSCO - SOROJCHI PEGANDO

Pessoal...

pra falar deste dia em Cusco é necessário uma explicação de como funciona o trânsito peruano. Resumindo é um caos, ninguém respeita direita e esquerda, não há pisca, buzinas são constantes, carros em péssimo estado de conservação, taxis não tem vistoria com certeza, ônibus não existem e sim mini vans que fazem um transporte que envergonharia qualquer clandestino no Brasil. Visto isso o governo peruano resolveu botar em funcionamento um novo código de trânsito e também apertar a fiscalização sobre o transporte público, instituindo novas empresas e também cooperativas de taxis. Só que isso seria bom se não tivesse sido exatamente na terça feira que estávamos por lá, pois no Peru, diferente do Brasil o povo quando não gosta de algo, se junta e protesta de verdade. Como a multa mínima, pra uma infração leve custará 400 soles (266 reais), o povo não achou a medida muito simpática, e resolveram fazer neste dia o PARO DOS TRANSPORTISTAS, não havia taxi nas ruas, vans não podiam trafegar, e nem carros particulares eram numerosos nas ruas, devido aos piquetes e protestos.

Como nesse dia cheguei no auge do meu Sorojchi, até não foi ruim, mas pra quem pagou pra conhecer o Vale Sagrado neste dia, sempre é frustrante. Eu na verdade já tava pedindo água, loco pra não ir, e como o Nicolás já tinha dito que nos avisar se ia sair ou não... e não tinha recado nenhum na recepção do hotel quando retornamos na noite anterior... na verdade tava mal mesmo... O Pé acordou... tomou café e estava pronto pra ir e eu deitado dormindo ainda, quando ele voltou pro quarto e disse que realmente não haveria passeio... Então dormimos até o meio dia, quando o Pé acordou e me colocou uma pilha pra gente poder dar uma volta, almoçar e fazer alguma coisa...

Pra minha felicidade... tive que ir caminhando até a Plaza de Armas, pois os desgraçados dos taxistas também estavam no "paro"... Fui me rastejando, pois pra quem não sabe... a Plaza fica no alto do centro... No caminho paramos numa lancheria de sucos e sandwiches... é sandwiches como escrevem por lá... Chegamos na lancheria... e muito engraçado no Peru... pq ninguém vem te atender como é no Brasil... lá se não chamar os garçons não vem... e nós ficamos nessa.. de tentar chamar... a garçonete não olhava pra gente... até que depois de 15 minutos ela veio... e pra nossa surpresa... com uma bucha de algodão no nariz... tchê a gente riu muito disso.. imagina uma cusqueña com uma bucha de algodão no nariz... numa lancheria... super asseada... hehehehehheh... pedi um Sandwich de Jamon com Queso... que veio mais seco que areia do deserto... e pra meu desespero, nada de coca-cola e sim um sugo de naranja... No final das contas nota 7....

O Pé queria comer alguma coisa melhor... então fomos num meson que fica na Plaza mesmo... com vista pra Catedral e a Igreja da Companhia... ele comeu algo que nem arrisquei a olhar... pois tava meio anojado de tudo...

Ficamos lá um bom tempo, pois dali me permitia olhar o movimento e não precisar caminhar... Depois disso resolvemos dar uma olhada no Museu Inca, mas chegando lah achamos que não era interessante pagar 20 soles pra olhar... depois de um tempo descemos até a calle onde está localizada a pedra dos 12 ângulos e lá além de ver a famosa pedra... conhecemos o chamado guia de Che... o Néstor... pra quem não sabe quem ele é, basta assistir o filme Diários de Motocicleta... diga-se de passagem, se alguém ainda não viu olhe que vale muito a pena...



o Néstor foi guia de Gabriel Garcia Bernal (Che) no filme e falou a célebre frase dos Incas e dos Incapazes... segundo ele isso acarretou alguns problemas pra ele, pois algumas pessoas de lá queria vê-lo morto... foi algo difícil pro rapaz... Mas muito simpático ele...



Na descida da Calle, encontramos uma lojinha com artigos bem legais pra compras, é no mesmo local onde fica a Peru In Foco... a agência do Ricardo... e ali também me ofereceram uma massagem terapêutica... e eu que nunca havia feito... aceitei... pq a maleza era muito grande... uma hora relaxado... já fiquei bem melhor... enquanto eu fazia a massagem o Pé foi dar uma banda... e não nos achamos mais durante a tarde... eu acabei voltando pro Hotel e pra tentar sarar meu mal estar.. deitei de dormi novamente... acordei só no outro dia bem cedo pra ir pra MAPI... mas aí é uma história que conto depois...

Abraço a todos!!!

sábado, 1 de agosto de 2009

SAIDA DE LIMA E CHEGADA EM QOSCO (CUSCO)

Acordamos cedinho, pois tínhamos que chegar bem temprano (cedo) no aeroporto, tomamos um café, e fizemos o check out no hotel, ainda estávamos terminando o café e o Pancho (Francisco) já nos aguardava na recepção. Tomamos o caminho do aeroporto, trânsito movimentando demais, pois havia uma garoa fina e como já era segunda feira, os peruanos se movimentavam para ir ao trabalho.

Trânsito mais que caótico, chegamos ao Aeroporto Internacional Jorge Chavez, embarcamos no LAN Perú, e logo estávamos voando sobre os Andes, e como todos já haviam me dito, é inexplicável voar sobre os Andes, lindo demais, com seus picos, geleiras e pequenos lagos, lindo demais, parece grandes picos de chocolate que emergem de um mar de nuvens.


Vista aérea das cordilheiras

Chegando a Cusco, a vista aérea é demais também, pois a cidade fica num vale no meio das cordilheiras, e o avião tem que dar a volta passando muito perto de alguns picos da cordilheira e vindo a alinhar no vale para poder pousar, pois para o lado que se olhe existem somente morros e morros... o comandante ali pelo jeito tem que ser muito braço... mas nosso pouso graças a Deus foi muito tranquilo.

Chegando no aeroporto, já se tem certeza que está em habitat inca total, pessoas com trajes típicos (Nhusta) tocando músicas da região com seus instrumentos tradicionais... (Charango, Bombo e Antaras), pegamos nossas equipages (bagagens) e saímos para procurar nosso transfer até o hotel, onde conhecemos o Nicolás... grande parceria e grande profissional ele... Já havíamos falado com ele por MSN, e tinha nos parecido gente boa... o cara confirmou tudo, nos levou até o hotel, nos providenciou um Mate de Coca... providencial, pois naquele momento o Sorojchi (mal da altitude) já começava a me vitimar.

Entramos pro quarto descansamos um pouco até o fim da manhã e logo saímos para almoçar, como era um pouco cedo ainda, resolvemos ir até a agência Peru In Foco, do grande amigo Ricardo do Hariboll, um brasileiro que mora em Cusco e nos deu várias dicas pra aproveitarmos... grande amigo, gente boa, nos tratou muito bem e nos indicou o restaurante El Tablon de Don Tomaz.


Fonte da Plaza de Armas Cusqueña

Almoçamos um Pollo (arghhhhhhhhhhhhhhhhh enjooei de frango legal gente) a milanesa com papas fritas e eu tomei mais uma vez Inca Cola... A Garçonete apesar de muuuuuuuuuuitoooooooooo lenta, nos atendeu bem e ainda falava português, pois tinha morado em São Paulo durante um tempo... De entrada nos trouxeram Choclo (um milho gigante) muito gostoso, e um milhozinho torrado muito bom, que não sabemos o nome.


Peh metendo um Choclinho

Almoçamos e devido a demora pra vir os pratos tivemos que almoçar correndo e voltar correndo... assim que chegamos no hotel mal deu tempo de nos arrumarmos e nos fomos no passeio da tarde... Visitamos o Templo do Sol (Korikancha), dá pena de saber que a conquista espanhola fez tanta merda... o lugar é lindo onde ainda se mantém a parte original, a genialidade da engenharia inca é impressionante, sem argamassa, só falquejando blocos de granito eles conseguiram faze obras perfeitas que resistiam aos terremotos, seria importante os construtores de hoje olharem melhor esse tipo de construção... Depois visitamos a Catedral de Cusco, e como no nosso grupo haviam alguns espanhóis, começou a ter uma disputa verbal interessantíssima entre o guia (Pró Incas) e os espanhóis (pró conqusitadores)... então guia entrou fundo na história, mostrando a resistência cultural dos artistas peruanos, como a Santa Ceia onde além de ter como prato o Cuy (porquinho da índia assado), o rosto de Pizarro (conquistador espanhol) foi colocado no lugar do rosto de Judas, entre outros... muito bonito mesmo.


Nosso guia Manuel (sabe muuuuito... grande guia)

Na saída de Korikancha, teve uma passagem engraçada, fui tirar uma foto com a menina que estava na frente, achando que era uma lhaminha.. e como há muitos bichos parecidos, eu perguntei... Isto é uma lhama, um guanaco, uma vicunha, uma alpaca.. e ela respondeu... es un carnero senor...


Un cordero Senor


Vista do Korikancha

Visitamos também um circuito pré-inca Saqsaywaman, Qenqo, Pukapukara e Tambomochay... esté último a 3800 metros de altitude... e devido ao ônibus chegar ssó no pé... com 300 metros de subida... para avistar as fontes de onde escorre a água que abastece a cidade de Cusco...



Saqsaywaman



Tamanho das pedrinhas..



Tambomochay, a fonte das águas


Voltamos para o hotel, confesso a vocês que nesse momento já havia sido abduzido pelo Sorojchi... totalmente abduzido.... mas como era necessário conhecer ainda a noite cusqueña tentei me recuperar... banhozinho... e saímos para jantar.. e resolvemos aceitar a sugestão do cara da recepção do hotel.. e mandamos ver uma Dieta (sopa) de Pollo... muito boa por sinal (agora nem posso pensar nisso), e ficamos num barzinho que tinha por lá... muita gente apesar do frio...muito estrangeiro... alguns pra lá de bagdá... eu beber nesse caso nem pensar... tava mais interessado em ficar quietinho... cabeça estourando nesse momento e tendência pro outro dia só piorar...

No próximo... falarei sobre o Paro e o dia livre em Cusco...