quarta-feira, 5 de agosto de 2009

MACHU PICCHU O DESTINO REAL

Hoje é um post especial, pois desde o dia 10/03/2002 o dia que entrei no Lanceiros e conheci o Pé, desde desse dia quando essa amizade se formou, uma das primeiras das muitas coisas que descobrimos em comum, foi o desejo de conhecer esse lugar mágico e sagrado, uns dizem que era a colônia de férias do Imperador, outros dizem que era um lugar de pesquisas agronômicas, outros um santuário, o certo é que todas as crendices e fatos que cercam esse lugar, transformam ele num dos lugares mais visitados do mundo e uma das 7 maravilhas do mundo moderno... Algo difícil de explicar, encantador de olhar e impossível de esquecer... Mas vamos contar do dia a dia para continuar no mesmo ritmo.

Acordamos cedinho, pois teríamos que estar na estação de Poroy (Poroy é um vilarejo ao lado de Cusco de parte os trens para Aguas Calientes no pé de Machu Picchu) as 7:30... O Nicolás nos pegou no hotel e logo passando a Plaza de Armas, nos "baldiou" para uma van que se foi a estação... Nosso guia seria um tal de Willy... não o caolho... mas virou caolho... chegando na estação muita gente e muito barulho... logo conseguimos passar a roleta... e lá o trens se dividem em três categorias, o Hiram Bingham que é cheia de luxo, o Vistadome que possui como o nome diz vista priveligada, e o Backpacker que traduzindo é o mochileiro... Como eu estou acostumado a catar o Guabiroba a unha ali na antiga esquina do Oba-Oba... não me fiz de encolhido e fui no Mochileiro obviamente, até porque 80 dólares fariam muita diferença no final das contas... Bom eu sei que encaramos essa viagem, que segundo a PeruRail e o seu Ferromoço (ferromoço e ferromoça é muito feio hehehe) era de 3 horas de duração, mas que no final descobrimos que era de 4 horas e meia.

Demos muita sorte na primeira parte da viagem, pois o trem estava meio vazio... como as poltronas são de frente uma pra outra e perto, quem tem as pernas um pouco maiores, se ferra bonito, pois não há lugar para esticar... Pegamos os nossos acentos no começo da viagem e na nossa frente uma dupla de irmãs argentinas, enlouquecidas por fotos e filmagens pelo visto, eles passaram toda a viagem filmando, inclusive a mãe delas que pelo visto havia batido de frente com o Sorojchi e estava mal mesmo (no final do dia conto mais sobre ela)... Mas já na arrancada do trem, percebi que havia 4 poltronas vazias atrás de nós... e logo pulei pra uma delas... Tirei os tênis e coloquei e me acomodei bonitaço... o Pé ficou na mesma que estava, pois uma das hermaniñas pulou para o lado do pai dela do outro lado do corredor... ai gente apesar de comprida a viagem, foi uma grande curtição... o trem logo chega a um cidade chamada Izcuchaca, para na estação de lá... pra nossa sorte estávamos no vagão A... pois na estação estava todo o povo da cidadela pra subir com sua produção anual de Agricultura e Avicultura toda... esse backpacker é conhecido pelo TREM DAS GALINHAS... Imaginem... já tava anojado de Pollo (frango) morto... imagina Pollo vivo... tá loco... tava que nem podia ver, mas seguindo a viagem depois dessa estação, começamos a avistar o vale sagrado (que não conhecemos por causa do "paro") e o Rio Urubamba... com suas mini corredeiras, afluentes (que descem em forma de cachoeira), picos nevados, pontes da trilha inca e muitos mochileiros no caminho. Devido ao local ser muito íngrime, várias vezes o trem tem que usar do artificio de zigue-zague para poder subir ou descer... e isso atrapalha muito a viagem.


Vista do Trem


Mochileiros cruzando o Urubamba

Chegamos a estação de Águas Calientes por volta do meio dia... Pensa assim MUITA GENTE... era o que tinha lá.. uma galera que meu Deus... logo avistamos o Caolho... ops o Willy que dizia alto Willys Group... Norma Group... nos identificamos, pegamos nossos ingressos pra quarta e quinta em MAPI e também o do transporte de busão até o alto da montanha... e ele nos indicou deixar a mochila com o representante do Hotel... Deixamos as coisas com o Inty Punku Hotel e nos fomos até onde saiam os ônibus... Nossa... Alguém ganha muita grana com Machu Picchu... mas eu não sei quem é... Poderiam ter botado um asfaltinho naquela estrada... ingrime e estreita.. dá medo sinceramente... muitos trechos os ônibus que sobem e descem não conseguem passar ao mesmo tempo... o que ocasiona naquele lugar de lomba os busões andarem de ré direto... ALI SIM TEM QUE SER MOTORA... Bom.. mais 20 minutos de subida e pronto... lá estávamos... na porta do nosso destino tão sonhado...


Na entrada do Sagrado Machu Picchu

Um pouco de difculdade pra reunir o Willys Group.. e lá fomos nós... Passamos a portaria... as vigias de pedras... e começamos uma louca subida... que pra quem estava se recuperando do Sorojchi... foi foda... não tem outra palavra... foi foda mesmo... uns 200 metros de subida.. peral... escadas ... fomos até o ponto onde chama-se "El Mirador"... é o ponto mais alto de Machu Picchu... mais alto que ali só a montanha ao lado... Wayna Picchu... Bom vou confessar... cheguei morto até esse lugar... Mas digo a vocês amigos... aquela imagem... aquele lugar... recupera qualquer, mas qualquer coisa ruim que tu esteja pensando... É como se eu tivesse caído pra dentro de um cartão postal... o silêncio chega com tudo... parece que tu fica isolado no mundo... e ali é uma daqueles lugares malucos onde tu vê que nossa existência é algo insignificante diante do poder de Deus e da grandiosidade de uma civilização que sem tecnologia conseguiu fazer tudo aquilo.


Última foto antes de se maravilhar


Passando o posto de vigias de MAPI

Meus olhos viam, e a ficha caiu... eu estava em Machu Picchu... Patrimônio Histórico da Humanidade... um sonho embalado durante anos... tanto esforço estava recompensando ali... escutamos o que o Willy nos contava... sobre a grandiosidade de um povo... os ancestrais dele mesmo... e de como é mágico aquele lugar. Depois fomos descendo (graças a Deus), passando pelo setor agrícola, e o setor das habitações menores, depois maiores, templos, e o relógio do sol, que segundo eles, é o ponto de maior concentração de energia... e realmente ali naquele ponto, avistando o Rio Urubamba a mais de 500 metros abaixo... tu pensa o pq desse povo botar aquela pedra ali... na frente dela... a imagem do condor.. com suas asas... e a trindade Inca sempre tão forte... Puma que significa o nosso mundo, a Serpente que significa o mundo interior, e o Condor que significa o mundo superior.


Aí está o sonho realizado!!!


Patrão Velho... Muito Obrigado

Fomos conhecendo toda a Machu Picchu, que diga-se de passagem não é tão grande quanto eu imaginei... mas realmente eh muito mais mágica do que pensava... várias vezes me emocionei lá... pensando no quanto significa uma vitória poder chegar nesse lugar...


Urubamba abajo


Setor Agrícola


Uma lhama "educada" (como diria o Tiozão Zéfran)


A árvore intocável de MAPI

Mas como a tarde já estava acabando, tivemos que descer até Águas Calientes... chegamos lá mortos de fome... fomos até o hotel, tomamos um banho e fomos procurar o que comer... é difícil acontecer o que houve ali... eu com vontade de comer uma boa massa... Águas Calientes, ao contrário do que parece, é um povoado com muita opção gente... bastante barzinhos, restaurantes e butequinhos... No meio dele passa um afluente com o mesmo nome do local, ele corta a cidade no meio e é lindíssimo... a Estação e o nosso hotel ficavam de um lado dele, e a Plaza de Armas do local, ficava d outro. No mesmo lado do hotel, achamos um restaurante... que recém estava começando a servir janta... pedimos uma massa bolonhesa... e uma coca-cola com gelo... Gente... que me perdoem os mais certinhos... mas quando tomei o primeiro gole, foi impossível não ligar uma coisa a outra... A coca tinha cheiro de bu@%*£¢ mal lavada... horrível... e não era da Coca... era do Gelo... depois de rir muito disso e botar o gelo fora obviamente... Veio a tal massa... Foi a melhor refeição que fiz em todo o território peruano... muito bom mesmo... deliciosa...


A bolonhesa...

Depois disso demos uma caminhada pela Plaza.. que é muito bonita, encontramos uma brasileirada num mini mercado... fazendo pechincha numas bolachinhas... e depois voltamos pro Hotel... pois em nossos planos estavam acordar bem cedo pra ir a Wayna no outro dia.. e como é controlado por 400 pessoas por dia a entrada, tem que chegar bem cedo... Acabamos não fazendo... mas isso eh um assunto pra amanhã... o dia em que viramos cambistas em Machu Picchu...

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