sábado, 25 de abril de 2009

A PRIMEIRA MACHU PICCHU

Muito embora estarmos vivendo intensamente essa aventura não há não falar no que está acontecendo na família do meu grande amigo. Família Soares, muito embora conhecer pouco de vcs sei que são uma grande família, grande em amor, grande em união, literalmente uma grande família.
Emtão todos nós que estamos aqui, estamos orando e torcendo muito pelo vô Alcides, força meu velho, isso é só mais uma provação que já enfrentou nesta vida.
Mas como já tinha dito anteriormente no meu último post vou falar sobre A PRIMEIRA MACHU PICCHU!

Hiram Bingham chegou à uma conclusão muito importante no seu livro sobre Machupicchu.1

Segundo ele, a identificação do que Machupicchu era em seus últimos anos diz pouco ou quase nada sobre a sua origem. Enquanto muitos de seus edifícios foram indubitavelmente construídos durante o Império Inca para acomodar as "Mulheres Escolhidas", os templos e palácios, por serem demasiadamente trabalhados, não foram construídos nesta mesma época. Estas finas construções, feitas com blocos de granito branco cuidadosamente polidos, antecedem em séculos os últimos anos do Império Inca. São portanto muito mais antigos que todo o restante da cidade. Além disso, diz Bingham, não parece muito sensato que a construção da cidadela de Machupicchu teve por objetivo proteger Cusco das invasões dos selvagens que viriam da floresta Amazônica. Faz pouco sentido pensar que os Incas tenham realizado um trabalho monumental construindo uma cidade nas montanhas apenas para esta finalidade. Os selvagens da floresta tinham somente armas rústicas, porretes, e arco e flechas. Não era necessário construir uma grande cidadela com grandes muros para impedi-los de passar. Chega a ser insensato acreditar que os magníficos templos feitos de granito branco em Machupicchu tenham sidos construídos como defesa contra índios selvagens vindos da Amazônia. Considerando ainda que Machupicchu contém templos para o sol, a lua, e todo o panteão da mitologia Inca e também considerando a elaborada característica de suas estruturas, pode-se dizer com certeza que Machupicchu era um lugar altamente venerado. Um grande Santuário.2
A partir desta conclusão de Bingham, que considero correta, podemos fazer uma constatação óbvia, mas que ele não ousou considerar em seu livro: Se os templos em granito branco são centenas de anos mais antigos que os últimos anos do Império Inca, então podemos pressupor que a Primeira Machupicchu era diferente e formada principalmente por esses templos. Além disso podemos deduzir que posteriormente um dos Imperadores Incas fez uma segunda ocupação no local e construiu a Machupicchu que conhecemos hoje.
Outra coisa que Bingham não deduziu e que agora descobri é que alguns dos templos e esculturas originais dessa Primeira Machupicchu foram total ou parcialmente destruídos e que outros ainda estão em parte encobertos pelas construções em pirka3 da segunda ocupação.
Como cheguei a estas conclusões? Estas descobertas foram possíveis depois de analisar minuciosamente algumas das fotografias que Bingham tirou de Machupicchu durante a limpeza e exploração da cidade entre 1911 e 1912.
Observando detalhadamente as fotos daquela época pude constatar que alguns templos e símbolos mais significativos da cidade parecem ter sido deliberadamente destruídos e outros encobertos servindo de base para as novas construções.

El Soldado

A primeira escultura que revelo ao mundo na foto acima foi a primeira descoberta e eu a chamo de "El Soldado". É apenas um dos símbolos da Primeira Machupicchu que estão parcialmente encobertos ou destruídos. A foto não é uma montagem. É o recorte de um pôster triplo de Machupicchu que foi incluído com a revista National Geographic de 1913. As marcas visíveis na fotografia são as dobraduras do pôster. No meio da foto, do lado esquerdo às escadarias que levam ao templo de Intihuatana, é possível observar a escultura de um rosto humano. Não apenas parece ser, é uma escultura. A escultura apresenta traços finos e parece talhada em uma única rocha. Aparentemente foi esculpida durante a primeira ocupação assim como os principais templos de Machupicchu. Está com o lado esquerdo parcialmente encoberto pelas construções de paredes em pirka da segunda ocupação da cidade. Todos os itens que compõem um rosto são visíveis facilmente na imagem. Olhando atentamente é possível concluir que a escultura foi talhada representando alguém mascando folhas de coca. O lado esquerdo da boca, parcialmente encoberto pelas construções em pirka, está visivelmente mais protuberante. Mascar as folhas e mantê-las do lado esquerdo da boca para a absorção do alcalóide ainda hoje é o modo utilizado pelos povos andinos ao mascarem as folhas de coca.
El Magnífico


A segunda grande escultura que revelo ao mundo agora em maio é mais fascinante que a primeira. Esta descoberta é muito maior do que a anterior que eu efetuei em janeiro de 2004. E a sua revelação ao mundo causará mais espanto do que a outra. Eu a chamo de "El Magnífico". Está localizada nas terrazas logo abaixo da pirâmide onde se encontra o templo conhecido hoje como Intihuatana. Está quase totalmente encoberta pela mata e é possivelmente a maior e principal escultura da antiga Machupicchu. O lado esquerdo da escultura é visível na fotografia de Bingham. A escultura aparenta ser a cabeça de um guerreiro com traços simiescos, e parece ser esculpida em uma única rocha. Na foto de Bingham é possível identificar com nitidez o lado esquerdo da figura onde aparece a cabeça, um olho parcialmente encoberto, a mandíbula, a boca, duas narinas, e o queixo. A cabeça estaria encoberta por uma espécie de máscara dividida verticalmente em duas partes através de um sulco profundo com duas bordas bem definidas. A distância real entre essas duas bordas parece ser maior que um metro e meio. Nesta máscara vemos uma grande abertura quase circular aparentando ser um grande olho e que possivelmente continha um globo ocular feito de alguma pedra brilhante. Do outro lado da máscara, que não é visível na fotografia, certamente existe um outro olho nos mesmos padrões que este. O olhar da máscara de "El Magnífico" mira o pôr do Sol no horizonte e é muito mais enigmático do que o olhar da Esfinge do antigo Egito. Acima desse "olho da máscara" vemos uma série de sulcos talhados na rocha dando a impressão de uma sobrancelha. A mandíbula apresenta uma série de relevos verticais com a aparência de dentes afiados. No meio da mandíbula vemos uma abertura vertical dando a impressão de uma entrada para dentro da montanha. O nariz está parcialmente encoberto pela vegetação, mas mesmo assim podemos perceber que apresenta duas narinas bem definidas. Desse mesmo lado visível da escultura, um pouco acima do olho da máscara, vemos a figura de um pequeno macaco também esculpido na pedra. Ele tem a boca aberta com uma expressão de espanto e admiração do pôr do Sol que vê no horizonte. Possivelmente do lado direito da escultura também há outro pequeno macaco igual a este. Eles olham na mesma direção que os olhos da máscara do "El Magnífico". Estou convicto que a escultura de "El Magnífico" foi construída na mesma época que a esfinge do Egito e que de alguma maneira está orientada em direção à ela.
1.- Lost City Of The Incas, 1952.

2.- A teoria de que Machupicchu foi construída como casa de campo de um grande imperador Inca não merece mais atenção do que uma simples nota de rodapé. Esta teoria pode ser derrubada com o simples argumento de que Machupicchu está localizada no início da selva Amazônica peruana onde no verão as chuvas são e sempre foram torrenciais. E que nenhum Inka conhecedor e venerador das forças da natureza seria tolo o bastante para construir uma casa gigantesca pra passar o verão debaixo de chuva. No inverno a temperatura em Machupicchu é apenas dois graus mais amena que o rigoroso frio de Cusco e, portanto, também não faz sentido um Imperador abandonar sua capital só pra ficar dois graus mais aquecido. Portanto não há vantagens em construir uma casa de campo onde está Machupicchu. A cidade surgiu como um lugar sagrado e continuou com essa finalidade mesmo depois da segunda ocupação.
3.- Pirka: paredes rústicas feitas com pedras ásperas talhadas e acomodadas sem muito cuidado. Os espaços vazios entre as pedras são preenchidos com pedras menores e barro. Este tipo de parede era usado principalmente para a construção das terrazas e casas para o povo comum.
Valeu galera, até quarta,
Pé!

2 comentários:

  1. Valeu meu irmão... estamos todos abatidos mas sempre com a vontade de viver que ele sempre nos ensinou...

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  2. valeu Pé, estamos agradecendo a todos que junto com a Familia Soares tem orado e pedido pela saude do VÔ Alcides,grande guerreiro e responsavel por toda a harmonia da familia. Obrigada a todos!!!

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